Este artigo tem como objetivo analisar a importância do trabalho com a linguagem oral e escrita no contexto da educação infantil. O objeto foco desse estudo parte da problematização da questão da alfabetização nessa etapa da educação básica e ao mesmo tempo evidencia a importância e pertinência do termo letramento nesse processo. Dessa perspectiva tomamos a seguinte questão prioritária: quais concepções apresentam-se como referência para nortear o trabalho com a linguagem oral e escrita na educação infantil na perspectiva do letramento segundo a produção acadêmica na área? Buscando resposta a essa questão definimos o percurso teórico metodológico com base nos pressupostos da pesquisa qualitativa, no que tange a sua natureza. No que se refere ao tipo de pesquisa constitui-se como uma pesquisa bibliográfica, pois assume como referência para seu desenvolvimento a produção acadêmica e documentos legais sobre educação infantil, evidenciando posteriormente a produção acadêmica na área da linguagem oral e escrita nesse contexto. Entendemos a importância dessa análise por considerarmos as muitas variáveis presentes nessa problemática, dentre as quais destaca-se os dilemas que os professores vivenciam em sala de aula, ou seja, entre aquelas propostas que defendem a alfabetização já no contexto da educação infantil e aquelas que entendem esse processo de outra perspectiva, na qual o trabalho com a linguagem oral e escrita na educação infantil deve possibilitar às crianças o contato desde pequenas com a linguagem oral e escrita nos seus usos sociais, ou seja, oferecer as crianças um ambiente no qual possam compreender que a língua é algo que faz parte de suas vidas e, portanto os textos devem estar atreladas às suas realidades, por isso a pertinência do termo letramento na educação infantil. Dessa forma, diante do exposto constatamos que esse processo é desafiador para os professores da educação infantil por conta da formação inicial e continuada que os professores têm acesso, da falta de estrutura nas escolas e sobretudo da ausência de políticas públicas voltadas para a qualidade do trabalho docente na educação infantil.