Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica acerca de alguns dos desafios inerentes à educação, principalmente no contexto da multiplicidade cultural encontrada em salas de aula. Além do fato em si, a própria definição conceitual de temas como o convívio entre a igualdade e a diferença, bem como a forma como ele se dá, dificultam o entendimento sobre a melhor maneira de lidar e desenvolver políticas que, mesmo inseridas no ambiente globalizado, promovam ações que visam incluir os atores envolvidos. A máxima de que todos são iguais acaba desbancada por um conceito de que as diferenças existem, são bem-vindas, mas precisam receber a atenção necessária no âmbito educacional. Não podemos desconsiderar, que hoje, é impossível trabalhar as questões relacionadas à igualdade sem abordarmos a temática das diferenças, nem vice-versa. Igualdade e diferença não podem ser encarados como temas oponentes. Igualdade opõe-se à desigualdade, assim como diferença opõe-se à padronização, à uniformização. Construir a ideia de que todos são “iguais” apesar das diferenças, vai muito além da questão meramente racial ou econômica. Os indivíduos precisam se sentir parte do todo. Assim, a quase utópica igualdade assume um protagonismo diferente daquilo que até então vinha sendo difundido, sendo necessário um processo de busca da ressignificação do seu conceito básico. A igualdade passa a trilhar um caminho muito mais da garantia de pertença, não sendo necessários quaisquer pré-requisitos e sempre pautado pelos direitos humanos, do que simplesmente uma luta isolada pelo reconhecimento de um grupo específico em detrimento dos outros. O discurso sobre direitos humanos que possui uma trajetória histórica sempre ligado às lutas sociais, vem passando por tensões, e vem sendo desprezados ou verdadeiramente esquecidos. Diante das tensões existentes, estudiosos do tema, defendem a ressignificação dos direitos humanos na contemporaneidade, onde haja articulação entre igualde e diferença e o respeito a interculturalidade seja aspecto fundamental.