O presente artigo objetiva fazer uma reflexão sobre o universo das emoções e a importância da Educação Emocional em tempos atuais, centrando na alegria como contraponto à uma sociedade que prima pelas relações líquidas constituindo nos últimos anos de maneira apática, automatizada, consumista e depressiva. A emoção é uma reação inata e relativamente breve dos animais, inclusive o ser humano, a estímulos externos e internos e que coordena um conjunto complexo de respostas neurofisiológicas. Neste sentido, o não saber lidar com as emoções pode trazer consequências ao indivíduo, inclusive patológicas, ocasionando doenças que poderiam ser evitadas na medida que tivesse a percepção e o conhecimento de si próprio. Nesta perspectiva a Educação Emocional tem como objetivo central o desenvolvimento de competências emocionais voltadas para o conhecimento e autoconhecimento das questões emocionais, com o intuito de contribuir de maneira satisfatória para o bem-estar pessoal e social dos indivíduos. A construção deste artigo encontra-se fundamentado teoricamente nos estudos de Humberto Maturana (1998); Elisa Pereira Gonsalves Possebon (2017); Rafael Bisquerra Alzina (2003) e Antônio Damásio (2000). De acordo com contexto social que vivemos na atualidade, repleto de incertezas, crises, guerras, grandes catástrofes naturais, destacamos dentre as emoções básicas a alegria, na perspectiva de cultivá-la cotidianamente, com o intuito de contribuir para possamos construir uma sociedade menos desigual, com mais alteridade e que promova bem-estar pessoal e individual para todos nós. A emoção da alegria se caracteriza por enriquecer a capacidade de desfrutar a vida; estabelece atitudes positivas; concebe a união entre as pessoas e aumenta a flexibilidade mental.