Artigo Anais IV CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

CURRÍCULO E RELAÇÕES DE GÊNERO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DOS CURSOS DE LICENCIATURA EM FÍSICA E PEDAGOGIA/UFPI

Palavra-chaves: CURRÍCULO, GÊNERO, FORMAÇÃO Comunicação Oral (CO) GT 02 - Didática, Currículo e Política Educacional
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      O presente artigo tem por objetivos identificar a questão de gênero nos cursos de Licenciatura em Física e Pedagogia, analisar, criticamente, o perfil formativo dos discentes, considerando suas competências e habilidades e comparar princípios curriculares com base nos projetos pedagógicos de cada curso. O estudo em destaque foi movido pelo desejo de ampliar e aprofundar os conhecimentos aprendidos acerca do tema, exposto e discutido em sala durante as aulas e execução de seminários temáticos no decurso da disciplina Teorias de Currículo e Sociedade, do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí.\r\n
      Nossa questão de partida deu-se a partir da seguinte inquietação do grupo: Que relações podemos estabelecer entre currículo e gênero nos cursos de licenciatura tipificados pelas prevalências de sexo existentes entre eles? \r\n
      O estudo foi alicerçado na Abordagem Qualitativa Minayo (2001), pois este tipo de pesquisa responde às questões que não podem ser quantificadas, pelo seu caráter inerente, particular e subjetivo dos sujeitos da pesquisa. Nessa perspectiva, para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Os sentidos e mais aspectos a serem desvelados por meio dessa abordagem de pesquisa serão fatores constituintes na compreensão da realidade do campo de pesquisa, que resultará na construção de novos conhecimentos.\r\n
       Para compreensão adequada do currículo, utilizamos das análises documentais dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) dos cursos de Pedagogia e Licenciatura em Física e entrevista semiestruturada. Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semi-estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista.\r\n
      Utilizamos como campo de pesquisa o Centro de Ciências da Educação (CCE) e Centro de Ciências da Natureza (CCN), da Universidade Federal do Piauí Campus Ministro Petrônio Portella. Os partícipes da pesquisa são: Murilo e Cícera, graduandos do curso de Física e Vitória e Paulo, graduandos dos cursos de Pedagogia, os quais foram apresentados com nomes fictícios com o propósito de preservar suas identidades.\r\n
      Nesse sentido, o currículo é pensado como um elemento que não é neutro na transmissão do conhecimento social, sendo percebido como um elemento implicado em relações de poder e que transmite visões sociais particulares e interessadas, produzindo identidades individuais e sociais particulares. \r\n
      Entendemos que este trabalho, ao priorizar as relações de gêneros e influência do currículo nessas perspectivas, traz discussões sobre o currículo instituído, compreendido como currículo real, formal, aprovado pelas instâncias burocráticas e o instituinte, que não está escrito necessariamente, desvelado nas brechas, nas entrelinhas, nos ditos e não-ditos. Em síntese, buscamos captar, por meio das falas dos estudantes, os dilemas, as necessidades e, com este estudo, objetivamos provocar reflexões sobre currículo e relações de gênero que permeiam o ambiente acadêmico.
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      Nossa questão de partida deu-se a partir da seguinte inquietação do grupo: Que relações podemos estabelecer entre currículo e gênero nos cursos de licenciatura tipificados pelas prevalências de sexo existentes entre eles? \r\n
      O estudo foi alicerçado na Abordagem Qualitativa Minayo (2001), pois este tipo de pesquisa responde às questões que não podem ser quantificadas, pelo seu caráter inerente, particular e subjetivo dos sujeitos da pesquisa. Nessa perspectiva, para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Os sentidos e mais aspectos a serem desvelados por meio dessa abordagem de pesquisa serão fatores constituintes na compreensão da realidade do campo de pesquisa, que resultará na construção de novos conhecimentos.\r\n
       Para compreensão adequada do currículo, utilizamos das análises documentais dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) dos cursos de Pedagogia e Licenciatura em Física e entrevista semiestruturada. Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semi-estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista.\r\n
      Utilizamos como campo de pesquisa o Centro de Ciências da Educação (CCE) e Centro de Ciências da Natureza (CCN), da Universidade Federal do Piauí Campus Ministro Petrônio Portella. Os partícipes da pesquisa são: Murilo e Cícera, graduandos do curso de Física e Vitória e Paulo, graduandos dos cursos de Pedagogia, os quais foram apresentados com nomes fictícios com o propósito de preservar suas identidades.\r\n
      Nesse sentido, o currículo é pensado como um elemento que não é neutro na transmissão do conhecimento social, sendo percebido como um elemento implicado em relações de poder e que transmite visões sociais particulares e interessadas, produzindo identidades individuais e sociais particulares. \r\n
      Entendemos que este trabalho, ao priorizar as relações de gêneros e influência do currículo nessas perspectivas, traz discussões sobre o currículo instituído, compreendido como currículo real, formal, aprovado pelas instâncias burocráticas e o instituinte, que não está escrito necessariamente, desvelado nas brechas, nas entrelinhas, nos ditos e não-ditos. Em síntese, buscamos captar, por meio das falas dos estudantes, os dilemas, as necessidades e, com este estudo, objetivamos provocar reflexões sobre currículo e relações de gênero que permeiam o ambiente acadêmico.
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Publicado em 19 de dezembro de 2017

Resumo

O presente artigo tem por objetivos identificar a questão de gênero nos cursos de Licenciatura em Física e Pedagogia, analisar, criticamente, o perfil formativo dos discentes, considerando suas competências e habilidades e comparar princípios curriculares com base nos projetos pedagógicos de cada curso. O estudo em destaque foi movido pelo desejo de ampliar e aprofundar os conhecimentos aprendidos acerca do tema, exposto e discutido em sala durante as aulas e execução de seminários temáticos no decurso da disciplina Teorias de Currículo e Sociedade, do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí. Nossa questão de partida deu-se a partir da seguinte inquietação do grupo: Que relações podemos estabelecer entre currículo e gênero nos cursos de licenciatura tipificados pelas prevalências de sexo existentes entre eles? O estudo foi alicerçado na Abordagem Qualitativa Minayo (2001), pois este tipo de pesquisa responde às questões que não podem ser quantificadas, pelo seu caráter inerente, particular e subjetivo dos sujeitos da pesquisa. Nessa perspectiva, para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Os sentidos e mais aspectos a serem desvelados por meio dessa abordagem de pesquisa serão fatores constituintes na compreensão da realidade do campo de pesquisa, que resultará na construção de novos conhecimentos. Para compreensão adequada do currículo, utilizamos das análises documentais dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) dos cursos de Pedagogia e Licenciatura em Física e entrevista semiestruturada. Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semi-estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Utilizamos como campo de pesquisa o Centro de Ciências da Educação (CCE) e Centro de Ciências da Natureza (CCN), da Universidade Federal do Piauí Campus Ministro Petrônio Portella. Os partícipes da pesquisa são: Murilo e Cícera, graduandos do curso de Física e Vitória e Paulo, graduandos dos cursos de Pedagogia, os quais foram apresentados com nomes fictícios com o propósito de preservar suas identidades. Nesse sentido, o currículo é pensado como um elemento que não é neutro na transmissão do conhecimento social, sendo percebido como um elemento implicado em relações de poder e que transmite visões sociais particulares e interessadas, produzindo identidades individuais e sociais particulares. Entendemos que este trabalho, ao priorizar as relações de gêneros e influência do currículo nessas perspectivas, traz discussões sobre o currículo instituído, compreendido como currículo real, formal, aprovado pelas instâncias burocráticas e o instituinte, que não está escrito necessariamente, desvelado nas brechas, nas entrelinhas, nos ditos e não-ditos. Em síntese, buscamos captar, por meio das falas dos estudantes, os dilemas, as necessidades e, com este estudo, objetivamos provocar reflexões sobre currículo e relações de gênero que permeiam o ambiente acadêmico.

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