O presente estudo é resultado do desenvolvimento de um projeto integrado ao PROLICEN – Programa de Licenciaturas da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Consiste numa experiência de reformulação do processo de avaliação da aprendizagem ao deslocar o docente do centro da estruturação do processo avaliativo e oportunizar o educando a pensar e avaliar sobre o seu desenvolvimento no ensino de Biologia. A pesquisa encontra-se em seu terceiro ano, e atualmente, o espaço de realização da experiência é numa escola pública estadual de Remígio-PB e tem como público alvo alunos do Ensino Médio e o referencial teórico conceitual, os biólogos chilenos MATURANA e VARELA (2001) na compreensão de que os seres vivos são máquinas que se distinguem de outras por sua capacidade de se autoproduzirem. No campo da avaliação. FERNANDES (2013, 2006) e HOFFMAN (2003, 1994), ao abarcar a compreensão da avaliação dialógica e mediadora, bem como ALBINO (2010), no entendimento do currículo como processo vivo e dinâmico de reconstrução de saberes. Constitui uma análise discursiva da avaliação da aprendizagem no ensino de Biologia por intermédio da ressignificação prática do conceito de autopoiese, por meio de diários de registro de aprendizagem em sala de aula. A execução do projeto buscou apreender uma proposta transdisciplinar pela própria possibilidade de autoquestionamento, e auto refazer dos aprendizes, bem como interdisciplinar por auxiliar o âmbito linguístico em movimento, reconduzindo os próprios educandos a uma autonomia intelectual, interagindo dessa forma, com os mais diversos campos da área do saber. Percebemos a proposição da autopoiese como um suporte avaliativo que pensa o processo de aprendizagem como uma construção que deve ser regulada sempre que necessária. Assim, o nosso estudo está em constante processo de apropriação de novas posturas, frente ao processo avaliativo no ensino de Biologia. A autopoiese como movimento curricular, faz parte de um jogo interativo que supõe ressignificar e reconduzir um processo de avaliação, especialmente no ensino de Biologia por requerer, naturalmente, um olhar para vida.