A Educação Infantil é um campo de estudo que vem suscitando diversos debates acerca de sua importância, valorização e, principalmente, sobre a qualidade esperada para os primeiros anos dessa primeira etapa da educação básica. Diante disso, este artigo tem como objetivo apresentar os resultados acerca de pesquisas sobre práticas pedagógicas desenvolvidas com bebês matriculados em instituições de educação infantil. Assim, trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico em que são utilizados dados do banco de teses e dissertações da CAPES, na busca de rastrear a produção acadêmica vinculada à área de estudo em pauta. Percebe-se que durante muito tempo, predominaram as discussões acerca da infância e da criança diante de uma perspectiva “adultocentrada”, negando à criança falar sobre si mesma, suas expectativas, seus desejos, interesses e formas de ver o mundo ou ofuscando o reconhecimento de suas possibilidades. Na busca por uma ação menos “adultocentrada”, autores de diferentes campos de atuação, principalmente ligados à Psicologia e à Educação, ampliaram o debate em torno de uma educação que valorize a criança enquanto sujeito de direito. Ampliando o argumento defendido, os estudos na área da Sociologia da Infância têm investido em dar visibilidade à infância como construção social e à criança como protagonista social. Considera-se para a análise do tema de investigação o contexto histórico da Educação Infantil, seus avanços em termos de legislação e os desafios para implantação de uma educação de qualidade destinada à criança integrante da educação infantil desde bebê. Os resultados apontam para a urgente superação do caráter assistencialista que ainda permeia as práticas educativas, a valorização e formação dos educadores, além de mais eficiência das políticas públicas, no sentido de ampliar e garantir qualidade à educação dos bebês.