O professor de Ciências enfrenta uma série de desafios para superar limitações metodológicas e conceituais de formação em seu cotidiano escolar. As modalidades didáticas usadas no ensino das disciplinas científicas dependem, fundamentalmente, da concepção de aprendizagem de Ciência adotada. O objetivo principal do presente trabalho é relatar a experiência didática vivenciada durante a disciplina de Invertebrados II, com foco na abordagem prática dispensada ao tema “insetos” cuja metodologia pode ser facilmente aplicada aos estudantes de ensino fundamental e médio. O presente trabalho foi desenvolvido durante a disciplina de Invertebrados II, no 5º período do Curso de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco, Campus Mata Norte, em junho de 2016. Foi proposto para os alunos que se organizassem em grupos para realizar uma pesquisa de campo para coleta e identificação de insetos, a partir da utilização de diferentes armadilhas e iscas. Após a realização da pesquisa de campo, os insetos foram identificados em nível de ordem no Laboratório de Zoologia, com auxílio de estereomicroscópios, pinças e placas de Petri. Os resultados obtidos foram compartilhados entre os grupos da turma a partir de uma exposição de pôsteres para discussão sobre quais armadilhas e iscas foram mais eficientes e quais os insetos predominantemente coletados. A partir da realização do presente trabalho, pôde-se observar a grande variedade de ordens de insetos existentes, e as características diagnósticas facilmente identificáveis que diferenciam cada ordem. Paralelamente, também foram obtidos conhecimentos acerca dos hábitos de vida dos insetos, principalmente sua alimentação, e também a interação de diversas espécies com outros seres vivos na comunidade em que convivem, destacando sua importância para o ecossistema. Pôde-se constatar que a prática de campo é uma excelente estratégia metodológica para o ensino de Ciências e Biologia, uma vez que permite uma interação mais abrangente do aluno com o conteúdo, de modo que possibilita aos mesmos um contato mais real com o que é visto em sala de aula. Desta forma, é importante para o professor em formação ser instigado a analisar de forma construtiva o ensino tradicional, estimulando novas abordagens sobre o ensino-aprendizagem em Ciências e Biologia, de forma que, ao atuar como docente, o professor em formação possa utilizar metodologias inovadoras. A vivência da prática de campo nos fez perceber que podemos abordar conteúdos de forma mais dinâmica, prazerosa e aplicada, de modo que pudemos aprender o conteúdo com um olhar mais amplo, não apenas como uma atividade obrigatória da disciplina, mas como ampliação da abordagem para um grupo de organismos tão importantes como os insetos, motivando-nos a inovar em nossas futuras estratégias de ensino. Além disso, pôde-se constatar que, para realizar uma atividade prática, não é preciso materiais sofisticados ou de difícil acesso, pois, como foi descrito no presente trabalho, foram utilizados materiais recicláveis e iscas com alimentos facilmente encontrados e que podem, inclusive, ser adaptados.