RESUMO: O presente estudo discutirá a influência da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que acontecera entre 5 e 16 de junho, em Estocolmo, capital da Suécia. Portanto, com base nas pesquisas realizadas sobre os desdobramentos ideológicos deste marco histórico no debate sobre educação ambiental, foi possível analisar a visão conservadora concernente à crise ambiental, que vislumbra o processo educativo por um prisma comportamentalista, tecnicista e biologizante, que resume os problemas ambientais a conservação dos recursos naturais, perpetuando uma confusão entre educação Ambiental e consciência da destruição do meio físico. Este tipo de educação é reflexo da conjuntura política vivenciada nas décadas de 50 a 70, e das publicações com tons alarmistas acerca da crise ambiental, em destaque para o best seller The Population Bomb, publicado em 1968. As décadas de 60 e 70 foram o apogeu dos profetas do apocalipse ambiental, e consequentemente, suscitaram inúmeros debates a respeito da sociedade capitalista. Todavia, esta visão tradicional referente à temática ambiental, possivelmente favoreceu a propagação e massificação da cultura hegemônica. Este trabalho surgiu através de pesquisas realizadas em literatura e debates entre os colaboradores deste estudo, neste sentido, foi observado a necessidade e a relevância desta temática para a formação do cidadão crítico, o que por sua vez nos levou a construir esta proposição: a Conferência de Estocolmo 1972 consistiu em um marco histórico para o debate sobre educação ambiental, imprimindo um viés conservacionista e comportamentalista, característico de uma educação tradicional. Posto isto, os objetivos deste trabalho consistem em analisar e descrever quais os fatores que propiciaram a disseminação da visão pedagógica conservadora em nossa sociedade. A metodologia utilizada neste estudo caracteriza-se por uma revisão de literatura, no qual utilizamos como fonte dissertações, livros e artigos científicos na base de dados do Scielo (Scientific Electronic Library Online); Google acadêmico. Baseado na análise descritiva e qualitativa ao qual este artigo se propôs é possível inferir que a Conferência sobre Meio Ambiente humano de 1972 configurou-se em um marco histórico e suscitou inúmeros debates concernentes a educação ambiental, contudo, esta conferência imprimiu na educação brasileira um viés conservador, típica da visão comportamentalista oriunda dos países do hemisfério norte, neste sentido, os dados aqui obtidos corroboram para seguinte afirmação que a educação ambiental é reflexa da cultura dominante vigente.