O presente artigo tem por objetivo perscrutar as estratégias de escolarização acionadas pelos grupos das elites a partir das produções referentes ao tema, que se alinham ao referencial teórico Bourdieusiano. Para tanto, realizou-se uma breve discussão das categorias que permeiam a compreensão da noção de estratégia e elite, tais como campo, capitais e habitus, bem como a exposição e discussão dos trabalhos produzidos acerca desta fração da sociedade, que figuram no cenário da Pesquisa em Educação. Com o intento de responder as questões suscitadas por esta pesquisa pretende-se aprofundar o conhecimento da teoria a ser operada no estudo, bem como realizar uma revisão bibliográfica acerca do tema. Este estudo nos possibilitou compreender que os grupos das elites ocupam as posições mais elevadas nas hierarquias do espaço social por deter grande volume e estrutura de capitais, o que os distingue e diferencia dos demais grupos sociais. Além disso, os diferentes grupos se diferenciam pela estrutura de seu patrimônio - capitais e habitus, que refletem diferenças nas estratégias de escolarização acionadas pelas famílias. Essas diferentes estratégias acionadas acabam contribuindo e tornando-se instrumentos de reprodução e produção de desigualdades sociais, culturais e escolares, haja vista que, quanto maiores as possibilidades de desenvolvimento e concretização de determinadas estratégias, maiores são as chances de os agentes desenvolverem uma trajetória escolar marcada pela longevidade e pelo sucesso. Desse modo, a posse de meios e recursos econômicos, culturais, socias, simbólicos e escolares asseguram a essas frações vantagens nas disputas por conservar ou subverter sua posição de dominação nos diferentes campos sociais.