A cidade é um espaço privilegiado que favorece a reflexão sobre as vivências, as convivências e trocas simultâneas que se processam entre as pessoas. É nela também que se materializam, com maior intensidade, as situações e os acontecimentos socioculturais, econômicos e políticos, sendo um tema de estudo essencial para a reflexão sobre as questões e as práticas socioespaciais e suas contribuições para a formação da consciência crítica e para o exercício da cidadania. O tema se constitui como um dos conteúdos estruturantes da Geografia escolar, notadamente nos Anos Iniciais da Educação Básica. Diante disso, realizamos uma pesquisa que teve como objetivo conhecer e analisar concepções de cidade presentes nos discursos e as práticas pedagógicas especialmente aquelas relacionadas aos conteúdos e atividades designadas como de ensino de Geografia. Como forma de coleta de dados foram realizadas inicialmente observações do cotidiano de duas escola públicas municipais do município de Garanhuns-PE, como também atividades de intervenção com a participação dos alunos.Concluímos que a partir das produções dos alunos de textos imagéticos que a concepção de cidade ainda se encontra relacionada com a sua parte física, dos conjuntos de objetos que a compõem, dos quais os alunos não participam da sua produção inicial, apresentado, assim que o papel do cidadão ainda não é reconhecido pelas crianças. Destacamos também que a utilização das intervenções como forma de coleta de dados foi um fator de suma importância, pois foi possível notar como os conteúdos estão sendo formados pelas crianças, nesse caso concepções a respeito da cidade, aspecto esse que colabora para uma reflexão a respeito da prática do professor enquanto mediador do conhecimento.