Resumo: Reflete-se sobre o estado sanitário da Província do Estado do Maranhão na segunda metade do século XIX, entre 1850 a 1860, período caracterizado como endêmico, em razão das diversas epidemias que grassaram esse Estado, principalmente sua capital, São Luís. A motivação para o desenvolvimento deste trabalho está ligada à atividade da autora, como profissional da área de saúde, que lida frequentemente com epidemias em hospitais públicos. Assim, no presente estudo procura-se analisar as causas das epidemias, bem como as medidas adotadas pelas autoridades para melhorar a qualidade de saúde pública nesse período. Buscou-se estimular as reflexões sobre a saúde pública, seus impasses e perspectivas, e a importância da participação de cada cidadão na busca pela efetivação de uma atenção específica no que tange à qualidade de vida da população naquele contexto social. Ante o exposto, convém assinalar que, para o desenvolvimento desta pesquisa, lançamos mão de autores que tratam da pesquisa qualitativa, de cunho documental e bibliográfico, utilizando a leitura e interpretação dos documentos, quer de origem legal, como as leis e correspondências oficiais querem de outros impressos, além de outras fontes impressas, como almanaques de época, coleção das leis, decretos e resoluções da Província do Maranhão entre os anos de 1850 a 1860. Também consultamos as Correspondências dos Presidentes da Província, os Jornais “O Progresso” e o “Publicador” (1850-60), os livros e os registros da Câmara Municipal, Ofício da Câmara de Higiene Pública (1852) e uma bibliografia geral e específica, de vários autores na área da economia, política e saúde.