Nota-se ainda hoje o discurso de que a maior dificuldade no trabalho docente é lidar com questões de indisciplina, a pesar de se ter muitos estudos, e se discutir nas formações acadêmicas. Para Taille (1996, p.9) “Parece ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo ‘limite’: as crianças hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc”. Esta problemática é justificada por alguns professores como decorrente do professor ter perdido a sua autoridade perante os alunos. Desta forma, o objetivo deste estudo é analisar a prática pedagógica de três professoras de um centro de educação infantil localizado no município de Francisco Beltrão – PR, com a finalidade de discutir sobre questões relacionadas a autoridade e autoritarismo docente, perpassando pelos comportamentos das crianças tratadas pelo docente como questões de indisciplina, se realmente é um problema, algo negativo, ou se o educador necessita refletir sobre, para modificar ou adaptar sua prática educativa. Com base nisto, foram realizadas observações, e dialogado com professoras da educação infantil e estudos bibliográficos sobre a temática. Que nos levou a refletir sobre o papel de extrema importância do professor enquanto orientador do sujeito no seu processo de formação humana, por meio da elaboração e entendimento da necessidade do cumprimento de regras sociais e da atuação do individuo enquanto cidadão que necessita também posicionar-se frente as regras já instituídas para o convívio em sociedade. Desta forma, ressalta-se a grande relevância deste estudo e consequentemente de maiores estudos sobre a temática aqui tratada.