A educação brasileira como um todo vem ao longo de décadas sendo marcada por exclusões e desigualdades sociais, no campo a situação não é diferente e assim como a área urbana, também vem sofrendo transformações que a educação destinada a essa área precisa acompanhar. No início do processo da educação rural houve um silenciamento e esquecimento por parte dos órgãos governamentais e de pesquisas nas áreas sociais e educacionais do país no que tange as questões que abrangia o campo e que não estavam desconectadas da área urbana. Nas últimas três décadas a sociedade fez um resgate do campo, pesquisadores, educadores e movimentos sociais se mobilizaram e produziram uma dinâmica social, política e cultural, que trouxe alternativas para um novo olhar para a educação do campo. Frente a este contexto a pesquisa ora aqui apresentada tem como objetivo analisar a importância de alfabetizar letrando e a formação docente dentro de uma perspectiva crítica da realidade do campo e fez uso da metodologia qualitativa e quantitativa realizada por meio de questionários e observação direta, trabalhando com os professores do campo da cidade de Santa Terezinha e a partir do levantamento dos dados levantados chegou-se a seguinte conclusão, por não terem uma formação profissional específica a respeito dos processos de alfabetização e letramento, ainda mais em salas multisseriadas, as professoras pesquisadas sentem dificuldades no desenvolvimento do seu trabalho docente. A alfabetização assim como o letramento, são processos de natureza complexa, exigem do docente uma formação profissional de acordo com suas especificidades conceituais, teóricas e metodológicas. Sendo assim, é notada a urgência de cursos específicos para estes profissionais que atuam na alfabetização e letramento das crianças do campo, visto que os mesmos não possuem formação específica nesta área campesina e trabalham com um currículo urbanocêntrico.