RESUMO
Em vista a uma lacuna na leitura e escrita, comprovada em testes nacionais e internacionais, e que isso é reflexo das práticas dos professores que privilegiam apenas atividades de alfabetização em detrimento de atividades de letramento, questiona-se qual a concepção de ensino da escrita que perpassa as práticas dos professores das turmas dos 4º anos do ensino fundamental de uma escola pública? Como os textos dos seus alunos refletem as práticas utilizadas por eles? A partir dessa problematização, objetiva-se compreender, a partir dos textos produzidos sem e com as intervenções dos professores(as) das turmas dos turnos matutino e vespertino, a concepção de ensino utilizada pelos professores na produção das atividades de escrita. O corpus é constituído de textos produzidos pelos alunos a partir de uma atividade sem a orientação dos professores e em seguida a mesma proposta de atividade com a orientação direcionada por um roteiro produzido pelos mesmos. Para a realização de tal propósito, utilizase as teorizações de Soares,Kleimam, Cagliari, Ferreiro, entre outros, que possibilitam a apreensão de conhecimentos que servem de alicerce para a fundamentação teórica deste trabalho. Os resultados desta pesquisa apontam que os professores ensinam mais conceitos gramaticais e deixa de privilegiar a produção textual, ou seja, eles não se assumem como agentes de letramento que promove situações reais em sala de aula para a utilização da escrita. Embora os professores saibam a diferença entre alfabetizar e letrar e saibam como trabalhar o letramentos com os alunos, sua atitude em sala parece não contribuir de forma decisiva para o bom desempenho dos alunos na leitura e escrita. Dessa forma, acredita-se que novas práticas de ensino devem ser priorizadas em sala de aula e que o caminho para a superação dos problemas de leitura e escrita deve passar pela articulação de práticas de alfabetização e letramento. Palavras-chave: Alfabetização,Letramento,Professor,Práticas de escrita.