Este trabalho discute a relevância de conhecer e aprender a gerir as próprias emoções no exercício da docência, levando ao desenvolvimento de habilidades e competências que facilitem o trabalho e os relacionamentos profissionais estabelecidos. O autoconhecimento e a autogestão emocional são considerados como um caminho para promover maior coerência entre sentimentos, pensamentos e ações, e consequentemente, são úteis para ajudar no enfrentamento de problemas como a exaustão emocional e a Síndrome de Burnout. Tem como objetivos apontar como as docentes que estão implementando um projeto de educação emocional em uma escola pública de Pernambuco percebem as próprias emoções em sala de aula e também indicar estratégias que as mesmas têm utilizado para autorregular os sentimentos de modo a manter os relacionamentos saudáveis no ambiente escolar. Os dados foram construídos no ano letivo de 2016 e discutidos à luz da necessidade de desenvolvimento de competências que auxiliem no processo do autoconhecimento e da autogestão emocional. Os resultados, obtidos por técnicas de grupos focais e questionários, apontam para a necessidade de proporcionar ao professor a oportunidade de desenvolver competências que o permitam se conhecer, reconhecer o outro, facilitar o diálogo, regular a participação de todos, trabalhar em equipe na escola e em rede com o entorno social e cultural que cerca a si e aos demais sujeitos. Sendo o ambiente escolar um local de crescimento individual e social, o docente precisa estar apto para transmitir conhecimentos de modo integrativo e também estabelecer um vínculo afetivo para influenciar o aprendizado da maneira de viver.