BELTRÃO, Izabelita Cirne. As emoções e a medicina tradicional chinesa. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/35928>. Acesso em: 02/11/2024 10:16
Na Medicina Chinesa antiga o corpo é tecido e percorrido por uma espécie de vitalidade chamada de Qì que é produzido e armazenado nos órgãos interno e se comunica com o exterior e interior do corpo. Os órgãos e vísceras chamados pelos chineses de Zang e Fu são produtores de emoções, funcionam de acordo com a lei dos cinco movimentos, que tem correspondência com os cinco elementos, cinco cores e cinco sabores, com as estações do ano, tudo de acordo com os princípios do Yīn e do Yáng e do Dào. Esse estudo pretende descrever como o modelo milenar proposto pela Medicina Chinesa contribui a visão sistêmica e integradora do ser considerando as emoções como componente vital e dinâmico no processo de equilíbrio e manutenção da saúde física, mental e relacional do ser, com ele mesmo e com o mundo. O paradigma cartesiano é responsável por uma cisão entre mente e corpo. As concepções hipocráticas que de certo modo concentra no cérebro o centro das funções do ser, embasou vários estudos que se centram nessa ideia, enquanto outros, que apontam para uma inteligência corporal, descentraliza o cérebro como único receptor e processador de todas as funções e intenções vitais, incluindo as emoções. Existe importantes discussões acerca de como as emoções se apresenta para nós, onde elas são processadas em nosso corpo, bem como um modelo pedagógico proposto por Gonsalves (2015) de incluir as emoções como parte integrante e importante na formação do ser humano. Nesse sentido a Medicina Chinesa se apresentando para nós na atualidade como uma prática complementar e integrativa que possui algumas ferramentas para incluir as emoções nos processos terapêuticos e educativos do ser humano.