Este artigo traz uma análise bibliográfica, com a finalidade de apresentar um panorama histórico das políticas de diversidade e as interfaces com a educação do campo e a juventude, para a qual, também traz como aliada uma breve revisão sistemática. Deste modo, este trabalho de abordagem qualitativa, através das pesquisas pós-criticas em educação, rejeitam os pressupostos universais da racionalidade que sustentam a concepção de um sujeito humanista, centrado e com identidades fixas, distanciando-se da existência de um sujeito universal. Na perspectiva aqui traçada, consideramos o contexto multicultural da sociedade, bem como a necessidade da escola se configurar como espaço legítimo de discussão da diversidade reconhecendo-se como ambiente de respeito às diferenças. O presente texto busca, ainda, discutir outras questões relativas à diversidade, entrelaçando aos pressupostos teóricos pós-críticos a partir dos diálogos contemporâneos sobre a juventude e suas identidades sociais. As reflexões aqui explicitadas consideram que a juventude, por definição, é uma construção social na busca por maiores espaços de expressão e afirmação de suas identidades culturais. Em se tratando da juventude do campo, atribuímos o sentido e significado de que os jovens do campo passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos com constituições identitárias marcadas pela condição juvenil, em sua relação com o campo, e pelos processos históricos e sociais de suas identidades culturais. Assim, cabe à escola assumir uma educação valorizadora da diversidade cultural e questionadora das diferenças, em busca de equidade na igualdade por seus direitos, que considere a diversidade e assegure a representatividade dos grupos sociais em suas diferentes expressões.