Nesse relato de experiência apresentamos a prática escolar na coordenação de ensino do primeiro segmento do ensino fundamental no Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). No recorte aqui apresentado, pretendemos destacar iniciativas de gestão democrática desenvolvidas por nós, professoras coordenadoras, na nossa atuação cotidiana. Consideramos que esse modelo de gestão representa um importante desafio na operacionalização das políticas de educação e no dia a dia escola. Enfatizaremos nesse trabalho, ainda, o Programa de Treinamento Profissional da UFJF e Monitoria Júnior. Esses programas são regulamentados pela UFJF e têm como objetivo principal possibilitar o aperfeiçoamento profissional dos alunos de ensino médio profissionalizante e de discentes da graduação, em áreas de específico interesse e compatíveis com a habilitação cursada. No exercício da coordenação temos a oportunidade de estabelecer laços mais estreitos entre as famílias, técnicos administrativos, professores e os estudantes, considerados como atores participativos no processo educacional. Há uma constante resolução de conflitos e, consequentemente, um outro olhar sobre a realidade escolar, num processo em que a escola e suas questões são vistas sob um ponto de vista mais amplo. O trabalho na coordenação se dá em parceria com os professores, Assistente de alunos, Psicóloga, Assistente Social, Pedagoga e os próprios alunos. A mediação que se busca nos amplos espaços escolares contribui para a resolução de muitos conflitos que impedem que a aprendizagem aconteça. Concluímos que pensar a gestão de forma democrática não é uma utopia, mas uma necessidade. Na escola se relacionam diferentes atores e encontrar o consenso é uma necessidade para a construção de uma instituição pública democrática, que atenda aos interesses da comunidade escolar.