O processo de avaliação da aprendizagem trata-se de uma especificidade que funciona para todos os objetos, escolas, empresas, hospitais e demais órgãos e instituições, tendo como objetivo identificar e diagnosticar os elementos que confluem para uma experiência, visando a obtenção de um resultado satisfatório. No contexto escolar, a avaliação possui traços filosóficos, sociológicos e psicológicos que contribuem para sua atuação dialógica: professor-aluno e aluno-professor. Neste sentido, este trabalho se objetiva analisar como ocorre a avaliação da aprendizagem no contexto escolar do Ensino Básico para discutir como se estabelece este processo avaliativo na sala de aula, tendo em vista quais concepções de avaliação são adotadas pela gestão docente. A partir dos pressupostos teóricos de Domingos Fernandes, que define e diferencia três razões suficientes para mudar a avaliação, esta pesquisa pretende examinar como se estabelece o método avaliativo numa instituição escolar dos anos finais do Ensino Fundamental da rede privada, bem como verificar qual é a concepção de avaliação que os docentes possuem e se esta prática apresenta resultados satisfatórios em relação ao processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Nosso aporte teórico principal constitui-se dos estudos de Fernandes (2009), Tardif (2002) e Luckesi (2015), os quais tratam dos conceitos de avaliação, saberes docentes e formação profissional, entre outras concepções essenciais para a compreensão da nossa análise. Nosso corpus é composto por três questionários que aplicamos aos docentes e à coordenação pedagógica da instituição escolar supracitada, no período do mês de abril de 2016. Para analisá-lo, utilizaremos algumas noções-conceito como: avaliação somativa, formativa, seletiva, dentre outras. Nossa metodologia se pauta por um viés descritivo-interpretativo, de abordagem predominantemente qualitativa, cujo enfoque é de caráter bibliográfico e documental. As análises indicam que a concepção de avaliação da aprendizagem na Educação Básica ainda hoje é concebida de forma tradicional e estereotipada, o que nos possibilita e nos propõe uma reflexão sobre a forma de avaliação que temos e que ainda podemos ter.