CAMPOS, Rafaely Karolynne Do Nascimento et al.. . Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/34994>. Acesso em: 24/11/2024 07:40
O presente trabalho apoia-se no campo da Sociologia da infância que conduz a um redirecionamento do olhar sociológico e antropológico para a infância, introduzindo a concepção de criança como ser social pleno, dotado de capacidade de ação e a infância como um grupo social culturalmente ativo. Recorte de uma pesquisa de mestrado já concluída, na qual buscamos compreender como um grupo de crianças de três anos vivenciam suas infâncias a partir das atividades de brincadeiras de livre escolha dentro da rotina escolar em um contexto específico de uma Escola de Educação Infantil do município de Aracaju/SE, o trabalho aqui apresentado procura analisar as brincadeiras de polícia e ladrão, rotinas de perseguição, partilhadas pelo grupo de crianças, expondo as principais maneiras como elas organizam suas práticas lúdicas. Nesse contexto, o objetivo desse artigo é discutir as principais maneiras como as crianças organizam as situações de brincadeiras envolvendo as rotinas de perseguição com parceiros de mesma idade. Essa questão será discutida a partir de episódios de brincadeira de crianças de três anos em contexto de educação infantil da cidade de Aracaju/SE em que as brincadeiras de polícia e ladrão ocupam tema central. Os dados foram produzidos na perspectiva etnográfica, com o uso de videogravações e descritos em sequência interativa denominada de episódio. Considerando o brincar como um espaço privilegiado para a investigação de participação das crianças na cultura, os dados revelam que as rotinas de brincadeiras são elementos constituintes das culturas da infância e que estas são produzidas pelas crianças e compartilhadas na interação com seus pares.