A crescente demanda energética da humanidade, nos obriga a constantemente pesquisarmos fontes alternativas de energia, fontes de energias que se renovem, visando suprir a demanda de consumo da humanidade. O uso de biomassa tem ganhado destaque com o passar dos anos como uma fonte energética renovável, devido suas características econômicas, físicas e químicas, têm se mostrado uma alternativa viável. Dentre esta biomassa podemos citar a Cajucultura, que possui grande representatividade no cenário agrícola do nosso país. Este trabalho tem como objetivo caracterizar fisicamente os resíduos sólidos da cajucultura (casca da castanha de caju e o líquido da casca da castanha de caju LCC), visando sua aplicação como um biocombustível. A metodologia utilizada que se define como análise imediata, para a obtenção do teor de cinzas utilizou-se a norma ASTM D1102-84 para obtenção do teor de cinzas, para teor voláteis utilizou-se a norma ASTM E872-82 e pela diferenciação obteve-se o teor de carbono fixo, para a obtenção do poder calorífico superior (PCS) da casca da castanha de caju e para o LCC oriundo da casca utilizou-se a norma adaptada ASTM D5865- 13. Com os resultados obtidos deste trabalho de 1,497% para teor de cinzas, 71,140 para teor de Voláteis e 27,363 para carbono fixo, para o PCS da casca da castanha de caju temos os valores aproximados de 28,110 KJ/g. Já para o LCC encontramos a média de 39,636 KJ/g. Conforme os resultados obtidos podemos comprovar que é possível o uso dos resíduos da cajucultura como um biocombustível, sendo este uma fonte alternativa de energia. Demonstrando o potencial energético da casca da castanha do caju para a devida aplicação, podendo ser uma forma de aproveitamento destes resíduos, seja a granel (após a obtenção da castanha) ou a possibilidade de compactar este material formando briquetes agregando assim maior valor ao produto final.