A utilização de microalgas imobilizadas tem sido amplamente investigada no tratamento de águas residuárias para remoção de metais pesados, coliformes termotolerantes e nutrientes, notadamente N e o P. O alginato de cálcio é um polímero muito usado para imobilização de microalgas, por não ser tóxico, ter baixo custo e não comprometer de forma significativa, a fisiologia das células imobilizadas. Este trabalhou objetivou investigar a estabilidade da matriz de alginato de cálcio em ensaios de bancada. Foram monitorados dez biorreatores tubulares de vidro transparente, em escala de laboratório. Destes, 6 (seis) de 0,1L de capacidade, 1 cm de leito fixo de fibra de vidro, e preenchidos por 0,6L de esferas, (19 esferas/mL de efluente). Também foram monitorados, 4 (quatro) biorreatores com capacidade volumétrica de 1,0L, cada um apresentava 1,5 m de comprimento, 30 mm de diâmetro, possuindo 3 cm de fibra de vidro sob o material suporte. O alginato de cálcio apresentou eficiência na remoção de fósforo nas concentrações de 2%,4% e 6%, em sistemas de microalgas imobilizadas. Após 28 (vinte e oito) dias de monitoração, foram registradas desestruturações na matriz entre 10,4%, 22,4% e 38,5%. Os resultados são indicativos de que o fosfato presente no efluente nas concentrações entre 3,6 mgP/L a 10,3 mgP/L, bem como, a pressão mecânica recebida pelas esferas que ocupavam a região superior do biorreator, contribuíram para a instabilidade físico-química da matriz polimérica após 20 dias de operação, interferindo no resultado do experimento. Neste aspecto, se faz necessário o desenvolvimento de novas configurações geométricas para os biorreatores e técnicas que visem a melhoria na qualidade dos polímeros, de forma a aumentar sua resistência ao rompimento, bem como, a difusão das substâncias e passagem da luminosidade para a célula imobilizada.