O semiárido apresenta uma ampla variedade de fontes de biomassa, sendo as de origem lenhosa bastante promissoras, tornando-se necessários estudos para que se apresentem alternativas de cultivo que potencializem a produtividade e as características da madeira. Nesse sentido, o sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.), espécie nativa do semiárido brasileiro e uma das árvores mais representativas da fisionomia nordestina da caatinga, apresenta-se como fonte alternativa competitiva de energia de fonte renovável. Objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial energético de madeira do sabiá (Mimosa caesalpinifolia Benth.) aos 4 anos de idade, em resposta a dois métodos de cultivo. O experimento foi analisado segundo um delineamento experimental em blocos casualizados em esquema fatorial (4 anos x 2 métodos de cultivo), com dois tratamentos (métodos de cultivo), menos intensivo (S0) e mais intensivo (S1) e quatro repetições, totalizando oito parcelas. No tratamento S1 teve um preparo inicial do solo onde utilizou-se esterco bovino (4,0 t/ha), superfosfato triplo (146,0 kg/ha) distribuídos em sulcos e calcário (2,0 t/ha) e NPK (6-30-6: 100 g/planta), em covas laterais. Onde no S0 foi aplicado apenas NPK (630-6: 100 g/planta), em covas laterais. Para caracterização da madeira foram analisadas as seguintes variáveis: composição química imediata, poder calorífico superior e densidade básica. Os dados foram submetidos aos testes de Lilliefors para testar a normalidade e Cochran para testar a homogeneidade das variâncias. Em seguida, procedeu-se à análise de variância pelo teste F, a 5% de significância. Concluiu-se que, dentre os parâmetros avaliados, o método de cultivo influenciou, significativamente, apenas o poder calorífico superior da madeira de sabiá.