O plantio de espécies florestais na alternativa de suprir a demanda energética para a região do Nordeste brasileiro torna-se indispensável tendo em vista o processo de desertificação a qual a Caatinga se encontra. Nos últimos anos, o setor florestal brasileiro destacou-se como sendo um dos mais importantes contribuintes para o PIB do país. Devido a este fator, torna-se substancial a iniciativa nas pesquisas a respeito da silvicultura de espécies madeireiras para abastecimento do setor florestal. Nesse contexto, o Eucalyptus destaca-se por ser o gênero mais plantado no Brasil, representando cerca de 70% da área plantada, devido à sua alta variabilidade genética, podendo desenvolver-se bem em distintas regiões. Este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento e a produtividade de três clones (GG100, ACE144 e ACE225) de híbridos de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla aos 60 meses de idade. Os clones implantados são indicados para produção de madeira para energia (ACE144), produção de mourões, postes e madeira serrada (ACE225) e para produção de carvão vegetal (GG100). Para cada clone foram implantados, aleatoriamente, dois talhões de 1,1 ha, com espaçamento de 3 x 3 m e 144 indivíduos, totalizando 6,6 ha e 432 indivíduos analisados. Em cada talhão, foram medidas as variáveis dendrométricas de diâmetro a altura do peito (DAP) e altura das árvores. O DAP médio, aos 60 meses de idade, foi igual a 14,16 cm para o clone GG100, 13,02 cm para o clone ACE225 e 12,78 cm, para o clone ACE144. Nessa mesma idade a altura média obtida foi de 23,09 m para o clone GG100, 18,94 m para o clone ACE225 e 15,49 m para o clone ACE144. A maior produção volumétrica observada foi do clone GG100, cujo atingiu o valor de 199,93 m3 ha-1.