No semiárido pernambucano, a pecuária é uma atividade agrícola econômica e historicamente importante. O desafio da produção animal no semiárido é alimentar os rebanhos de forma a garantir oferta de forragem ao longo do ano com recursos naturais disponíveis. Objetiva-se estudar a distribuição espacial-temporal da produção de forragem na microrregião do Pajeú utilizando sensoriamento remoto. A plataforma utilizada para o processamento dos dados orbitrais foi o Google Earth Engine. Selecionou-se a coleção do satélite Landsat 8, sensor OLI. Foram realizados recortes temporais, restritos ao período seco (agosto a novembro) e chuvoso (fevereiro a maio) dos anos de 2014, 2015 e 2016. Utilizando JavaScript, foram subtraídas nuvens e criada uma única imagem que tipifica o período seco e outra para período chuvoso calculados pela mediana de cada pixel ao longo da coleção e calculados o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI). Atribuiu-se os valores mínimos do índice a produtividade mínima de biomassa forrageira observado na literatura, do mesmo modo, o valor máximo do índice de vegetação foi relacionado a máxima produtividade de biomassa em cada período. Assim, a produtividade média de cada área de floresta foi estimada para o período seco e chuvoso com base na média dos valores dos pixels. Foi considerado como biomassa forrageira a biomassa contida nas folhas de plantas herbáceas, arbustos e árvores até 1,5 metros de altura. De acordo com as análises, foram estudadas 162 cenas, do recorte espaço-temporal. Atualmente existe 727.371 hectares de áreas potencialmente em uso pela pecuária na microrregião do Pajeú de Pernambuco. Os valores médios de NDVI para época seca oscilaram 0,24 em pastos cultivados a 0,33 em caatinga densa. A produção de biomassa média estimada para época seca foram 818; 232 e 774 kg ha-1 respectivamente para Caatinga aberta, pastagem cultivada e Caatinga densa. O protocolo de análise de imagens de satélites usado para a pesquisa na Plataforma de processamento Google Earth Engine foi eficiente para estimar produtividade de biomassa de forragem para a microrregião do Pajeú. Porém ainda se faz necessários validações de campo objetivando incrementar a acurácia dos modelos de estimação.