A utilização das plantas com fins medicinais é uma das práticas mais antigas que agem de maneira efetiva na prevenção, no tratamento e na cura de diversas enfermidades. Por ser uma prática recorrente há milhares de anos, os conhecimentos e saberes sobre o cultivo e o uso dessas plantas passam de geração para geração. O território brasileiro possui a maior biodiversidade do mundo, tornando-se importante obter informações sobre sua flora. Geralmente, o idoso é tido como detentor deste tipo de saber, sendo responsável por indicar e preparar compostos como lambedores e chás. Esse estudo objetiva verificar os conhecimentos populares de idosos sobre o uso de plantas medicinais, buscando compreender como adquiriram tais conhecimentos, como eles denominam cada planta, qual sua indicação terapêutica e se fazem uso de outros medicamentos enquanto utilizam essas plantas. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratória, do tipo revisão integrativa, através de periódicos científicos. A busca por estes periódicos ocorreram através das plataformas online: BVS, SciELO, LILACS e Redalyc. A pesquisa mostrou que a transmissão do conhecimento popular inicia-se durante a infância do indivíduo, no âmbito familiar, e dura até o fim de sua vida, consistindo em uma construção social e histórica. Dezenas de plantas foram citadas nos artigos encontrados, além de suas respectivas funções terapêuticas. No entanto, algumas vezes foram citadas formas de preparo inadequadas. Também apareceu o risco de interação medicamentosa devido ao uso conjunto de chás e medicamentos industrializados. O chá apareceu sendo a principal forma de preparo das plantas medicinais consumidas, podendo ser feito através de cozimento ou infusão. Desta forma, concluiu-se que os idosos adquirem seus conhecimentos por meio de gerações anteriores e sofrem riscos de efeitos adversos das plantas, como por exemplo, a interação medicamentosa. Portanto, precisam de orientações sobre tais efeitos e sobre a forma de preparo das plantas medicinais consumidas.