A musicoterapia apesar de ser uma ciência moderna é utilizada a muito tempo de diversas maneiras como medida preventiva, paliativa e muitas vezes terapêutica, atuando principalmente na depressão e também em distúrbios neurodegenerativos. Esta terapia pode atuar de modo passivo, quando o idoso é envolvido na atmosfera musical, ou ativo quando ele mesmo é precursor na utilização de algum instrumento. Com o aumento da expectativa de vida dos idosos e o envelhecimento populacional global ocorreram fortes avanços na área da gerontologia e nesse contexto, várias modalidades de tratamentos acessórios e integrativos têm surgido para auxiliar no tratamento médico convencional da pessoa idosa. O objetivo do presente trabalho foi justamente avaliar em quais áreas já descritas cientificamente ocorre a influencia da musicoterapia na melhora da saúde dos idosos. A metodologia empregada se baseou na pesquisa bibliográfica em bases de dados: Periódicos Capes, Scielo e Pubmed, utilizando o descritor: musicotherapy. Como resultado foi observado que existem poucos estudos verdadeiramente científicos nesta área da terapia complementar. Na base de dados Pubmed apenas 9 artigos contemplam o tema, enquanto que na Scielo apenas 68 tratam do assunto e nos dois casos não necessariamente sobre idosos apenas. A musicoterapia é relatada cientificamente desde 1952 e é uma dessas formas de tratamento que por meio da música conseguem estimular a criatividade, a capacidade física, mental e sóciocognitiva. Os médicos indicam que isso ocorre devido a produção de neurotransmissores, como a serotonina, que regula o sono e o apetite, e a endorfina, que melhora o humor e a disposição. Estudos recentes demonstram que a musicoterapia é uma das terapias complementares mais importantes devido a sua facilidade de realização e a própria tendência natural do ser humano dentro do universo musical. Os idosos apresentam geralmente melhoria na estimulação da fala, memória, cognição e evitando a depressão. Aplicada até nos tratamentos para a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, e em pessoas com sequelas de AVC (acidente vascular cerebral). Conclui-se que a musicoterapia pode gerar benefício para a comunidade idosa por promover melhoras na autoestima, autoconfiança e socialização nos idosos, melhorando assim de modo global seu estado psicológico influenciando de forma funcional na melhoria da sua saúde.