O Diabetes Mellitus (DM) é uma enfermidade crônica que vem aumentando consideravelmente, em virtude de hábitos que envolvem o sedentarismo e a má alimentação. No Brasil, os casos de DM tem aumentado e se estima que em 2035 existam mais de 19 milhões de pessoas com essa patologia. Essa doença apresenta várias complicações, entre elas o pé diabético, que se caracteriza pela presença de infecção, ulceração e / ou destruição de tecidos e pode resultar da falta de tratamento ou do tratamento inadequado, resultante muitas vezes das crenças e culturas populares praticadas pela família. Assim, objetivou-se identificar como a cultura, crenças, influências e práticas populares podem interferir no tratamento do pé diabético junto à equipe de enfermagem, através de um levantamento bibliográfico, na qual a busca foi realizada em julho de 2017, através da base de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) com o apoio do Google Acadêmico, levando-se em consideração os critérios de inclusão: Trabalhos que abordassem a influência da cultura popular no tratamento do pé diabético, publicados nos últimos dez anos, pela priorização de dados atualizados, além de, trabalhos com abordagem nas ações da enfermagem no cuidado dos pacientes com pés diabéticos. Foram encontrados 27 artigos, dos quais apenas 11 se enquadraram nos critérios de inclusão estabelecidos. Dentre os fatores perceptíveis que podem influenciar diretamente para o surgimento ou complicação do pé diabético estão o autocuidado, a dificuldade de acesso à saúde e a informação pelos profissionais, a falta de tratamento adequado e a interferência das crenças e conhecimento popular. Dessa forma, o profissional da enfermagem por estar mais próximo desses pacientes, apresenta extrema importância para um acompanhamento efetivo, formação de grupos de apoio, orientações ao paciente diabético quanto ao controle da glicemia, sempre enfatizando a relevância dos hábitos de vida mais saudáveis. Assim, essa abordagem pode auxiliar os profissionais de saúde na orientação e apoio aos portadores de Diabetes, considerando a sua singularidade. Além de melhorar o atendimento de enfermagem, influenciar no comportamento dos pacientes e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida e de saúde dessa população.