Introdução: Na intenção de promover a saúde houve a necessidade de incorporar aos serviços de saúde práticas que levassem em consideração a cultura e os saberes locais, visando abordar o ser humano de forma integral. No Brasil o relatório final da 8ª Conferência Nacional de Saúde, a qual foi realizada também em 1986, orientou a introdução de práticas alternativas de assistência à saúde nos serviços de saúde. Frente a esse contexto histórico foi elaborada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde no ano de 2006, uma das diretrizes da política em discussão é o desenvolvimento de estratégias de qualificação em práticas integrativas e complementares para profissionais no Sistema Único de Saúde, levando em consideração os princípios e diretrizes estabelecidos para a educação permanente. Objetivo: investigar na literatura se as práticas integrativas estão sendo abordadas nas universidades e nos temas de educação continuada ofertada aos profissionais da saúde. Metodologia: refere-se a um estudo bibliográfico, do tipo qualitativo, realizado durante os meses de julho e agosto de 2017. Utilizou-se fontes especializadas sobre a temática encontrada na base de dados on-line em Scielo, Lilacs, periódicos de enfermagem, entre outros, considerando as publicações de 2012 a 2017, os quais foram utilizados 8 artigos e um manual do ministério da saúde nesta revisão bibliográfica. Referencial teórico: a procura pelas práticas aqui citadas se dá principalmente quando o tratamento baseado no modelo biomédico não tem efetividade ou quando há grandes efeitos adversos. A cada dia o uso dessas práticas vem se tornando frequente, principalmente nos países ocidentais considerados desenvolvidos, porém, nos países em desenvolvimento 80 % das pessoas utilizam a medicina tradicional. A justificativa para a escassez de alternativas é a falta de educação continuada e disciplinas na grade curricular das universidades. A pouca oferta de educação continuada nessa área contribui para aumentar a resistência ou até mesmo o preconceito por parte dos profissionais da saúde que ainda estão prestando sua assistência baseada no modelo biomédico, restringindo-se à apenas um saber cientifico. Geralmente quando se fazem presente na graduação é através de projetos de extensão, disciplina optativa, eventos, o que acaba acarretando a escassez de educação continuada e a permanência no modelo biomédico, pois, os graduandos não tomam conhecimento de tais práticas durante a sua formação profissional, talvez porque seus professores não tenham domínio sobre o assunto, já que as pesquisas nessa área ainda são poucas. Considerações finais: é necessário o desenvolvimento de pesquisas nessa área para que todos envolvidos nesse ciclo: professores, alunos, profissionais da saúde e comunidade, para que tenham conhecimento sobre essas práticas e interesse de dissemina-las para toda a população.