A vivência com os transtornos de ansiedade têm sido uma realidade bem presente na atualidade. Esses transtornos se caracterizam pelo medo e ansiedade excessivos e persistentes, e perturbações comportamentais relacionadas. Geralmente, em seu tratamento utilizam-se medicamentos alopáticos, como os benzodiazepínicos, que são os psicotrópicos mais utilizados no mundo. Contudo, é necessário um alerta sobre o abuso desses remédios. Efeitos colaterais causados pelo uso indevido ou prolongado destes psicofármacos são comuns. Os mais frequentes são: sedação, tontura, fraqueza, ataxia, amnésia, desempenho motor reduzido, náuseas. Em longo prazo, dependência, podendo causar sintomas de abstinência. Além disto, algumas pessoas podem desenvolver tolerância, necessitando de doses cada vez maiores para obtenção do efeito esperado. Esta realidade é uma das provocadoras de reflexões sobre meios terapêuticos menos danosos, no que concerne a efeitos colaterais. E imersa nesse cenário, essa pesquisa objetiva compreender, no contexto da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, o uso de plantas medicinais e fitoterápicos como meio terapêutico não convencional dos transtornos de ansiedade. A contribuição se justifica pelo menor perfil de efeitos colaterais, assim como outros benefícios preconizados nos documentos oficiais e publicações do governo referentes ao uso das plantas medicinais e fitoterápicos. No Brasil, o uso das plantas é resultado de uma série de influências culturais. O país possui imensa biodiversidade, todavia se mostra tímido quanto a estudos científicos sobre o assunto. Sua capacidade é promissora para a realização de pesquisas, testagens e produção de fitoterápicos de qualidade, a baixo custo, mas é preciso maior sensibilização dos profissionais de saúde e da comunidade para o conhecimento e uso sistemático. Contudo, já se pode indicar que na flora brasileira há plantas medicinais com ação comprovada no Sistema Nervoso Central (SNC), com efeito ansiolítico, como: as espécies de Passiflora, o Piper methysticum (kava-kava), a Valeriana officinalis (erva-de-são-jorge), entre outros. Então, para explorarmos essa temática foi empregado o procedimento bibliográfico e documental, pois além de livros e trabalhos já analisados, utilizou-se toda gama de fontes públicas, tais como: documentos do governo, vídeos, entrevistas, teses e dissertações, revistas, anais, etc. Seguindo o curso de uma abordagem qualitativa e objetivo exploratório, visando um aprofundamento e maior familiaridade com o tema proposto.