Através da Reforma Psiquiátrica, foi possível alcançar a criação de dispositivos substitutivos dos manicômios, dentre os quais encontra-se o CAPS, que possibilita a desinstitucionalização de pessoas portadoras de transtorno mental e sua reinserção no meio social. Após a visualização de todo o percurso histórico da Saúde Mental, a pesquisa adotou como obejtivo avaliar as características organizacionais e a qualidade da atenção à saúde no acesso da pessoa com transtorno mental atendidas no CAPS III do município de Campina Grande, Paraíba. Trata-se de um estudo de campo descritivo, com abordagem qualitativa, desenvolvida no CAPS III do município de Campina Grande – PB. A amostra constituiu-se de 47 usuários. Os dados foram coletados através de questionários validados, elaborados para o estudo CAPSUL (Avaliação dos CAPS da Região Sul do Brasil). Os dados foram analisados segundo o método de Análise de Conteúdo proposto por (BARDIN, 2011). Os usuários presente estudo foram em sua maioria do sexo feminino (70,21%), com faixa etária entre 36 e 60 anos, com 27 (57,44%) sujeitos; seguido de adulto-jovem entre 21 e 35 anos, com 12 (25,53%) usuários, adolescentes com 3 (6,39%) participantes e em menor freqüência os idosos, com 2 (4,25%). Com relação ao grau de escolaridade, muitos usuários cursaram o ensino fundamental incompleto; sem vínculo empregatício e dependente da renda familiar, que varia de um a dois salários mínimos. No tocante a análise qualitativa, emergiram duas categorias, a saber: “Facilidades e potencialidades” e “Dificuldades e limitações”, A partir do presente estudo foi possível visualizar os principais aspectos que causam satisfação e os que dificultam o tratamento dos usuários nos serviços do CAPS III, demonstrando a extrema necessidade de investimentos e reorganização por parte da equipe gestora.