buscamos nesse artigo,a fortalecer o debate em torno de alguns temas que têm sido apropriados pela historiografia do tempo presente, especificamente, quando esta se liga ao campo da História Cultural das Práticas Educativas: o espiritismo.
É preciso observar que estamos nos dedicando a análise do “Espiritismo que teve sua origem em 18 de abril de 1857 na França a partir da publicação de O Livro dos Espíritos escrito por Allan Kardec .
Assim, intenção será estudar as interpretações do pensamento espírita kardecista como “produtor” de práticas educativas nos indivíduos considerados loucos na primeira metade do século XX, na Paraíba.
Ao receber o titulo de “Os enunciados da loucura e a invenção da “mediunopatia” na Paraíba”, este artigo se propõe a tratar os conceitos de Loucura e “Mediunopatia” como enunciados produtores de diferentes significados a partir do período no qual foram construídos historicamente e apropriados seja pelo pensamento espírita ou por dos discursos da imprensa e dos médicos na Paraíba. Comungamos da proposta de Michel Foucault (1995) ao pensar o enunciado enquanto uma instância máxima da produção de sentidos. O historiador, portanto, enuncia os acontecimentos, constrói sentidos para os mesmos. Para esse autor, a pergunta fundamental para se entender os enunciados seria a de como eles são elaborados.