RESUMO
O presente artigo faz parte do aporte teórico-metodológico da pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação em História – UFCG, que versa sobre as práticas de resistência à repressão da prostituição, produzidas pelas prostitutas de Ingá-PB, no recorte temporal que compreende o período de 1940 a 1960. Nesse sentido, nos ancoramos teórico-metodologicamente, nos estudos de Margareth Rago (2008), Martha Esteves (1989) e, Chalhoub (2001), objetivando a partir destes, discutir a priori o conceito de prostituição, deslizando para uma breve discussão acerca das contribuições do uso de arquivos judiciais para a pesquisa sobre gênero e prostituição, o qual pode ser dado a ver e ler em processos-crime, como o caso da meretriz Lídia Maria da Conceição, sobre o qual elaboramos uma breve leitura, tentando compreender como a prostituição em Ingá-PB, entre os anos de 1940 e 1960 esteve sustentada por uma rede de poder e saber, com interesses profundamente imbricados, onde justificativas médicas e jurídicas são recorrentemente suscitadas pelas próprias meretrizes.
Palavras-chave: Prostituição, Fontes judiciais, Metodologia.