Durante muitos anos, houve um desconhecimento sobre a etiologia da doença, o que resultou na ausência de uma consciência sobre o que seria saúde/doença. Todavia, com o avanço dos estudos, pôde-se perceber que o homem se adapta a sociedade, assim como, exerce uma influência sobre a mesma, desse modo, a doença passou a ser pensada no âmbito biopsicossocial, gerando problematizações sobre promoção da saúde, ao invés de ser reduzida a prevenção de doença. Neste sentido, vale ressaltar uma das doenças que mais tem causado mortes no Brasil e refletir como o cuidado tem sido ofertado aos pacientes. O INCA destaca que o câncer representa 8% das causas de morte entre crianças e adolescentes com idades de 1 a 19 anos, entretanto, nas últimas quatro décadas, o tratamento de câncer na infância e adolescência tem progredido, apresentando-se de forma extremamente significativa. No que refere-se aos pacientes que não possuem mais possibilidade de cura, apresenta-se os cuidados paliativos (modo de assistência humanizada) busca resgatar a dignidade e o respeito do sujeito que possui uma doença avançada, visando à abrangência de todas as necessidades do paciente, sendo necessário uma interrelação e segurança entre aquele que cuida e quem é cuidado. Assim, considerando-se a relevância dessa problemática, o presente artigo intenta apresentar e discutir, de forma crítico-reflexiva, o estado da arte de estudos desenvolvidos sobre pacientes que estão em CP e os cuidados que são ofertados pela equipe de saúde. Para tanto, fez-se uma revisão sistemática da literatura pertinente, publicada entre os anos de 2007 – 2015, da qual fora possível recuperar 11 artigos que referem-se à temática proposta. O material analisado revelou que discutir sobre a temática de cuidados paliativos, ainda é delicado, principalmente se tratando de crianças, pois os profissionais ainda apresentam resistência sobre trabalhar com a morte diante do contexto hospitalar. Logo, percebe-se a importância de abrir um espaço para discussão entre os profissionais, pacientes e familiares, sobre as mais diversas formas de cuidado e as possibilidades de tratamento com os pacientes em CP. Ressalta-se nesse cenário, que o acompanhamento psicológico desses sujeitos, proporciona a diminuição do sofrimento psicossocial, possibilitando aos mesmos um espaço de fala e construção de estratégias de enfrentamento da doença. Nota-se que a literatura apresenta-se incipiente acerca da temática nesta pesquisa abordada, esperando-se, nesse sentido, que incite-se com o presente estudo, a publicação de intervenções e seus consecutivos relatos de experiência que tratem da temática e deem subsídios para atuações inter/transdisciplinar.