A psicologia é uma ciência que ainda busca por uma estabilidade no meio de outras tantas, pois seu campo teórico e prático se apresenta de forma vasta, possibilitando grandes divergências no âmbito acadêmico. Por outro lado, o psicólogo não se restringe mais a imagem clínica vista pelo senso comum, e assim vem conquistando espaço nas mais diversas áreas, entre elas na licenciatura, não só em seu próprio campo, mas também dentre outros saberes. A relação da psicologia com a docência se articula através do compartilhamento de saberes, tendo em vista a mutualidade existente na sala de aula, desafiando o profissional com a necessidade da pluralidade e contextualização teórica, além da inter-relação existente com o lugar de docente e discente que se faz necessário ocupar. É diante desta realidade apresentada que o presente artigo consiste em tratar sobre um relato de experiência que relaciona a psicologia com a licenciatura na área da saúde. O trabalho foi desenvolvido como exigência para a conclusão da componente curricular Prática Pedagógica III.II, do currículo do curso de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba. A Escola Técnica Redentorista – ETER - localizada em Campina Grande/PB, foi a acolhedora do projeto, fazendo parceria com as turmas do curso Técnico de Enfermagem, o que possibilitou a adesão de dezoito alunas da escola supracitada. A partir dessa experiência pode-se perceber que o fenômeno educativo vai muito além da simples transmissão de teorias. A seriedade enredada nessa formação envolve meios socais, culturais e psicológicos que acabam perpassando pela prática do professor, e se interligam com as várias faces da vida, tornando-se assim, um evento de interação entre diversos fatores que implicam na complexidade dos casos. O psicólogo inserido neste contexto, acaba por direcionar o trabalho numa perspectiva, além de acolhedora, sócio-crítica, apostando no potencial dos alunos, a fim de estimulá-los a também construir conhecimentos, inclusive para sua formação e atuação ética-profissional.