A educação do campo, no decorrer de sua trajetória enquanto modalidade de ensino que pensa os povos do campo, tem passado por transformações, rupturas quando suas propostas ganham eco à luz dos movimentos sociais. Ao trazer a discussão do ensino de história para este viés educativo a partir do local, ela propicia a integração e interação do alunado com seus espaços de vivências e experiências sociais. Este artigo tem por objetivo refletir sobre um relato de experiência de pesquisa na iniciação cientifica em que articulou-se a discussão em torno da educação do campo e o ensino de História. Trata-se de uma pesquisa cujas bases se assentaram nas atividades do projeto “A história ensinada e o currículo intercultural: memória, identidade e práticas educacionais”. A pesquisa foi realizada numa escola do campo situada no assentamento Padre Assis na cidade de Sossego-PB, os sujeitos participantes da pesquisa foram duas professoras da escola, além de pesquisa bibliográfica e documental. Acreditamos que há necessidade de se repensar a educação do campo e o ensino de história ao trazer a discussão sobre a história local, para a possibilidade de pensar o pertencimento dos sujeitos e da história dos povos do campo numa perspectiva inclusiva.