RESUMO
Introdução: Os antiinflamtórios não esteroidais (AINEs) estão entre os medicamentos mais usados do mundo. Esses agentes proporcionam efeitos antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos. Todavia, há também um amplo espectro de efeitos adversos, sendo as complicações gastrointestinais (GI) um dos mais importantes. Frente a essa situação, é imperioso que o profissional de saúde, sobretudo o médico e o farmacêutico, conheça o adequado manejo dos pacientes que irão receber tratamento com AINE. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo abordar a relação do uso de AINEs e risco de complicações GI expondo o adequado manejo de pacientes a serem submetidos ao tratamento. Metodologia: Trata-se de um levantamento bibliográfico por meio de consulta nas bases de dados eletrônicos Scielo, PubMed, monografias, protocolos, sites, revistas especializadas na área, periódicos e livros. Como critério de inclusão, selecionaram-se publicações de 2008 a 2017, nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa, cujo acesso foi permitido, buscando-se pelas palavras-chave “antiinflamatórios não esteroidais”, “NSAIDS effects” e “Helicobacter pylori”. Resultados: Por inibição da ciclooxigenase 1 (COX-1) pelos AINEs teremos como consequência reações adversas que terão como principal alvo a mucosa gastrointestinal. Nota-se que essa isoenzima é responsável pela síntese de prostaglandinas que possuem efeito protetor gástrico. Com observação dos grupos de risco, entre eles história prévia de úlcera péptica, infecção por Helicobacter pylori, entre outros. Discussão: O manejo dos pacientes que irão receber tratamento com AINEs deve ser precedido obrigatoriamente por uma avaliação do risco gastrointestinal individual. Em grupos que apresentam algum fator de risco, o uso de AINEs deve ser bastantes restrito. No caso de infecção por Helicobacter pylori foi recomendado a suspensão do medicamento, mas se necessário a sua prescrição é aconselhável o acompanhamento com medicamentos de efeito protetor. A substituição por medicamentos seletivos de ciclooxigenase 2 (COX-2) não é de total confiabilidade, pois existe ainda bastante controvérsia quanto a seu uso e benefício. Conclusão: O uso dos AINEs deve ser bastante cauteloso em vista a observar sua associação com os fatores de riscos encontrados no cotidiano clínico. Nesse sentido, é crucial que o prescritor atente sobre esses fatores a fim de evitar complicações gastrointestinais, tais como a formação de desconfortos abdominais, úlceras e até mesmo hemorragia, decorrentes do uso de inibidores de COX-1.