Introdução: As doenças infecto-parasitárias são consideradas problemas de saúde pública, estão ligadas a fatores socioeconômicos e causam complicações no trato intestinal das crianças e adolescentes. O Brasil não dispõe de medidas terapêuticas especificas para erradicação e/ou controle dessas doenças, havendo falha do domínio científico na temática por parte dos profissionais de saúde. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura, nas seguintes bases de dados: BVS, SCIELO E LILACS, através dos descritores: “Parasitos”, “Crianças e Adolescentes” e “Terapêutica”. Os artigos passaram por análise de título, ano e conteúdo, adotando os seguintes critérios de inclusão: pesquisas na língua portuguesa e inglesa, disponíveis gratuitamente e publicadas entre 2007 e 2017. Foram excluídos os artigos que não tratavam da temática supracitada e que estavam repetidos em mais de uma base de dados. Resultados e Discussões: Dos 63 artigos encontrados, apenas 07 atingiram o objetivo do estudo, devido aos critérios de inclusão. Percebe-se que existe uma grande ocorrência de parasitoses em crianças e adolescentes, permeados por fatores condicionantes como a higiene, saneamento básico e condições socioeconômicas. Os principais parasitos causadores são: Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercoralis, Ancylostoma duodenale, Schistosoma mansoni, Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis. Um dos fatores que contribuem para a falta de controle dessas doenças, é a baixa adesão as medicações, motivado principalmente pela negligencia dos pais com relação as crianças. Já o surgimento de infecções por parasitos do solo, mesmo em meio a condições favoráveis, pode ser explicado pelo grande percentual de crianças que andam descalças. A organização mundial de saúde estabelece o tratamento coletivo de parasitoses intestinais, no entanto não possuímos políticas nacionais que favoreçam a adoção dessas medidas por parte dos profissionais. Conclusão: Sabe-se que o processo de educação em saúde para crianças e adolescentes constitui um fator essencial para controle de parasitos do solo, principalmente devido a altas taxas de prevalência e resistência terapêutica. Assim, deve-se melhorar a qualidade do perfil profissional na temática para que sejam direcionadas ações terapêuticas antiparasitárias mais eficazes.