Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

MANEJO DE PORTADORA DE TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR E HIPERPROLACTINEMIA: COMO MEDICAR QUANDO O USO DE ANTIPSICóTICO ATíPICO é LIMITADO DEVIDO A COMORBIDADE DE MICROADENOMA HIPOFISáRIO

Palavra-chaves: TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR, ANTIPSICÓTICOS, HIPERPROLATNEMIA Pôster (PO) AT-05: Saúde Mental
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Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

INTRODUÇÃO: Em saúde mental, a escolha do medicamento deve considerar especificidades de cada paciente, como a gravidade dos sintomas depressivos, antecedentes de virada maníaca com o uso de antidepressivos, a presença de comorbidades clínicas ou psiquiátricas que podem contraindicar ou favorecer a escolha de uma determinada medicação e a presença de comorbidades psiquiátricas que poderiam favorecer a escolha de uma determinada medicação.Em relação ao transtorno bipolar de humor os principais fármacos utilizados para manejo da patologia são anticonvulsivantes, estabilizadores de humor, antidepressivos e antipsicóticos. Os fatores influenciadores para escolha do antipsicótico são: história prévia de uso, aceitabilidade e opinião do paciente, eficácia e segurança, efeitos adversos, sedação, ganho de peso, distúrbios cardiovasculares, entre outros. Além disso, a variabilidade genética, fisiológica, estrutural e funcional dos pacientes, devem ser consideradas METODOLOGIA: Trata-se de um relato de caso abordado no Centro de Atenção Psicossocial de Saúde (CAPS). M.S.S.,sexo feminino, 40 anos de idade, diagnosticada com transtorno bipolar de humor, microadenoma hipofisário cursando com hiperprolactinemia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Cabergolina atua como agonista de dopamina para tratamento de prolactinomas tratando tanto a causa como sua sintomatologia: a hiperprolactinemia. No entanto, os efeitos dopaminérgicos deste fármaco têm ação psicotrópica em relação à patologias associadas com a neurotransmissão da dopamina, tanto é que, um dos efeitos colaterais raros mas existentes do uso de cabergolina é causar ou agravar quadros de psicose em pacientes com antecedentes pessoais ou familiares anteriores de patologias mentais. Por outro lado, a hiperprolactinemia é um efeito secundário comum dos antipsicóticos convencionais e de alguns antipsicóticos atípicos. Nesse contexto, o tratamento para o microadenoma hipofisário e para o transtorno bipolar, dependendo das linhas de fármacos utilizados, podem ser antagônicos. Sendo assim, para o manejo dessa paciente, foi decidido pela progressiva diminuição do antipsicótico em uso (risperidona) até cessar a utilização do fármaco e foram eleitos a prescrição de carbonato de lítio 1300 mg associado a 1250 mg de ácido valpróico (750 mg noite e 500 mg manhã) e manutenção do uso da cabergolina. CONCLUSÕES:, a maneira eficaz de se manejar uma pessoa portadora de TAB e microadenoma hipofisário, dentro da rede de atenção psicossocial parte da concepção da linha de cuidado, das boas práticas em saudê, visando à pessoa na sua integralidade. Propõe-se, assim, a superação do tratamento significado como esbatimento de sintomas ao enfrentar condutas medicalizantes, individualizantes e invertendo-se a lógica medico-centrada em direção a medicina centrada na pessoa e no cuidado em equipe.Nesse sentido, entender o tratamento endocrinológico da comorbidade hipofisária é essencial na condução das melhores possibilidades terapêuticas acerca do tratamento do transtorno bipolar de humor.

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