Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA

Palavra-chaves: SÍFILIS CONGÊNITA, TRANSMISSÃO VERTICAL, IST Pôster (PO) AT-01: Medicina
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Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

A sífilis é caracterizada como uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e, embora seja caracterizada como sintomática, o seu estágio latente é assintomático. A sífilis congênita é decorrente da infecção da criança pelo T. pallidum no período gestacional ou durante o parto e alarma o Brasil na contemporaneidade. Assim, o presente estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita no estado da Paraíba, uma vez que tal enfermidade pode ter consequências graves e, apesar do avanço dos conhecimentos na área da saúde, sua incidência persiste alta. A análise foi feita através do processamento dos dados referentes à Paraíba fornecidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde no Boletim de Sífilis. Para realizar tal estudo foram utilizados três artigos científicos, uma portaria e um site para a obtenção dos dados. O espaço amostral foi constituído pela população de grávidas que possuíam sífilis no período de 2007 ao primeiro semestre de 2016, bem como os casos de sífilis congênita no mesmo período. Ao serem analisados os dados, pôde-se verificar que a prevalência média da sífilis congênita na paraíba de 2007 a 2015, foi de 2,88 casos para cada 1000 nascidos vivos, não sendo considerado o ano de 2016 devido à informação apenas do primeiro semestre desse ano. Continuando com a análise, nota-se que a maioria dos casos de sífilis congênita ocorreram em pacientes cujas mães se encontram na faixa etária de 20 a 29 anos e também nos pacientes cuja mãe teve a sífilis diagnosticada no pré-natal ou durante o parto. Outro aspecto importante foi o grau de tratamento das mães, o qual teve um caráter preocupante com uma maioria apresentando tratamento inadequado. Ademais, os pacientes de sífilis congênita cujas mães possuíam nível de escolaridade elevado representaram parcela pequena do total, insinuando influência positiva desse fator para a menor ocorrência da doença. Já os fatores “raça da mãe” e “tratamento do parceiro da mãe” demonstraram-se irrelevantes para os números. Nesse sentido, é notório observar que mesmo com o diagnóstico sendo realizado de maneira efetiva, há um caráter predominantemente inadequado ou ausente no tratamento. Assim, pode-se inferir uma possível falha no sistema de saúde paraibano no que se refere ao tratamento da Sífilis.

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