A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma poliradiculoneuropatia inflamatória aguda que afeta a mielina da porção proximal dos nervos periféricos, sendo uma das formas mais frequentes de neuropatia, de rápida progressão e potencialmente fatal. É considerada uma emergência neurológica, pois a sua incidência costuma ser de 1-2 casos para cada 100.000 habitantes/ano. Neste cenário, o presente artigo teve como objetivo um levantamento bibliográfico acerca da etiologia, patogenia e fisiopatologia da SGB, assim como identificar os mecanismos pelos quais o fisioterapeuta e suas técnicas tornam-se essenciais no tratamento. O estudo foi realizado a partir de artigos de revistas indexadas nos bancos de dados LILACS e SCIELO, selecionados entre o período de 2000 e 2017. A SGB trata-se de uma doença a nível mundial, que acomete tanto o sexo masculino como o feminino, crianças e adolescentes, em qualquer época do ano, sem considerar os hábitos de vida e nem a condição financeira, sendo observados dois picos de incidências, nos adultos jovens e em idosos. A lesão de origem mielínica presente na SGB causa diversas manifestações clinicas como: taquicardia, visão turva, tonturas, entre outros. Uma das prováveis causas de mortalidade da doença é a paresia de músculos respiratórios, que causa falência respiratória. A fisioterapia atua com intervenções motoras e respiratórias visando melhorar as condições físico-funcionais do paciente, por meio de práticas que permitem restaurar a força muscular, a amplitude de movimento e a plena capacidade de respiração, auxiliando também para um aumento da produção do liquido cefalorraquidiano, conservando a plasticidade muscular e melhorando as coordenações motoras. Deste modo, pode-se assegurar que a
fisioterapia é uma valiosa ferramenta para o acompanhamento e reabilitação dos pacientes acometidos
desta patologia, devendo ser administrada por profissionais capacitados.