A criação de padrões avaliativos para a correção de textos escritos tem sido uma preocupação constante entre professores de Língua Portuguesa e corretores de sistemas de avaliação nacional de desempenho. Nesse contexto, há quem se refira a essa ferramenta utilizando a nomenclatura de “gabarito”; outros autores mencionam “matriz de correção”; outros preferem usar “chave de correção”. Cientes disso, este trabalho objetiva mapear o que tem sido publicado sobre essa ferramenta de correção de textos escritos, especificamente no Brasil nos últimos 20 anos. Com isso, tem-se por meta o mapeamento de como essa ferramenta tem sido utilizada na prática de testagem dos sistemas de avaliação do desempenho (ENEM, Concursos públicos, Olimpíadas de Língua Portuguesa) e na avaliação de textos escolares. Para tanto, utilizou-se de uma pesquisa descritiva documental com o uso das ferramentas que integram o Periódicos Capes. Observou-se, nessa busca, que o conceito em foco está presente na literatura científica desde a década de 90 do século passado, vem sendo reelaborado por diferentes pesquisadores (SERAFINI, 1994; RUIZ, 2001; Bezerra, Queiros e Taboza, 2004; CASTRO, 2009; KLEIN e FONTANIVE, 2009; MELO, 2011; ABREU e NÓBREGA, 2015) e provocado ressignificações no ensino de escrita. As referências estudadas indicam uma evolução na prática avaliativa de textos dos mais diferentes gêneros discursivos. Nelas, o termo inicialmente utilizado “gabarito”, que parece mais objetivo e unidirecional, vai sendo substituído por uma tecnologia mais ampla, que contempla tanto conceitos discursivos quanto alguma flexibilidade na estrutura composicional e no estilo, de forma a admitir ao escrevente alguma liberdade em seu próprio texto. e, ao mesmo tempo, preservar critérios de correção ortográfica e linguístico-textual. Como resultado inicial desse mapeamento, é possível compreender como o conceito ora focalizado vem trazendo alterações para a prática de avaliar textos escritos, seja na esfera escolar, seja em situações de avaliação nacional.