Este artigo tem o objetivo de discorrer sobre o pensamento construído por Thomas Kuhn, elaborado a partir dos seus trabalhos acadêmicos e que resultou no livro denominado de Estruturas da Revolução Científica. Neste livro ele encara o desenvolvimento científico como uma sequência de período de ciência normal, no qual os pesquisadores (cientistas) aderem a um determinado paradigma. São esses paradigmas apontados por Kuhn que vão determinar e preparar o estudante para a ciência. Assim, ele estabelece que a ciência normal esteja direcionada à investigação de fenômenos e teorias fornecidos a partir de paradigmas já existentes. São esses interstícios de análise e resultados que constroem a revolução na ciência, ocasionados por anomalias e/ou crises que culminam numa ruptura e um novo paradigma é proposto. Quando se trata da ciência pedagógica, são levantadas, também, algumas ideias e situações propostas por pedagogos como Saviani, Charlot, Perrenoud e Libâneo na perspectiva da mudança de paradigma nas concepções pedagógicas. Pretende-se também estabelecer um comparativo entre suas ideias e a proposta do ensino na área de ciências da natureza, mas precisamente na área de química para dinamizar a amplitude do tema em questão e contribuir com a reflexão sobre a natureza contextualizada da ciência como fonte de descoberta e ressignificação do próprio conceito de ciência. O estudo desses autores pode proporcionar um aparato pedagógico significativo para a o desenvolvimento do trabalho em sala de aula do professor.