A educação ambiental, assim como outros temas de caráter transversal e que, necessariamente, exigem concepções e práticas críticas e interdisciplinares, encontra uma série de barreiras e tensionamentos para se concretizar nos espaços formais e, de modo específico na universidade. Essa constatação nos conduz ao debate em torno do currículo e a centralidade que ocupa no contexto das reformas educacionais, sob a égide da globalização. Nesse sentido, o trabalho aborda os desafios para a inserção da educação ambiental no âmbito da formação docente, tendo como objetivo explicitar como o processo de globalização e seus aportes ideológicos influenciam no processo de formação via os planos de desenvolvimento institucional e os projetos pedagógicos de curso. Trata-se de um trabalho realizado a partir de pesquisa bibliográfica cujos resultados apontam para o crescimento da educação ambiental no Brasil, no âmbito da legislação, mas que ainda enfrenta limitações no que se refere à sua inserção na formação docente e na educação básica, em função das diretrizes norteadoras das políticas educacionais, enquanto herança do processo de globalização, cuja ênfase centra-se na competitividade e adequação aos interesses do mercado em detrimento de uma educação humana voltada para a consciência crítica.