Mesmo consciente de que muitos têm sido os pressupostos e discussões em torno das práticas de leitura na escola, a pesquisa ver o trabalho de mediação e estratégias de leitura como uma prática desafiadora, sobretudo no século XXI com o advento dos inúmeros gêneros digitais que surgem diariamente. Porém, para estudar a temática buscou-se refletir as contribuições do mediar para a formação leitora dos alunos e, para isso adotou-se uma pesquisa de cunho bibliográfico pautada nos pressupostos teóricos de Cosson (2014), Oliveira (2010), Solé (1988), Antunes (2003), Moura e Martins (2012) e tantos outros que contribuíram para as discussões apresentadas, bem como na descrição de uma oficina de leitura desenvolvida numa escola de rede básica, resultado de uma atividade prática da disciplina Didática da Língua Portuguesa do curso de Letras. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e método dedutivo por partir das reflexões teóricas para a interpretação dos dados, na qual o foco em evidência são as estratégias de mediação da leitura literária na instituição escolar enquanto (trans)formadora. O trabalho tem sua relevância, por trazer importantes discussões sobre mediação leitora, de modo a apresentar uma prática exitosa que desmistifica a ideia de que os alunos não gostam de ler e que é muito difícil motivar práticas de leitura na escola. Mediante os estudos teóricos realizados e por meio das reflexões da oficina aplicada, concluiu-se que as leituras literárias realizadas com os alunos, quando mediadas significativamente, contribui para o desenvolvimento do caráter formativo e a construção crítica e reflexiva enquanto condição humana, além de tornar a leitura uma prática prazerosa.