Este trabalho apresenta uma reflexão sobre o tema violência na escola. Seu principal objetivo é discutir tal fenômeno a partir das concepções de sete professores(as) de duas escolas públicas, localizadas nas cidades de Campo Grande e de Goiânia, acerca de sua definição e dos caminhos para seu enfrentamento. Essa investigação integrou as atividades da pesquisa nacional “Violência e preconceito na escola”, realizada durante os anos de 2013 e 2015. Os dados que serão aqui discutidos foram coletados por intermédio de entrevistas semiestruturadas, realizadas nas escolas escolhidas para representar a região centro-oeste. As discussões e análises foram realizadas sob os postulados da Teoria Histórico-cultural da Psicologia e da contribuição de estudiosos da área de Educação que se dedicaram a interlocução com o tema violência. Como resultado, apontamos que para os professores o enfrentamento pode ocorrer: através da formação continuada e da valorização dos profissionais de educação; por meio de parcerias geradas entre profissionais de diversas áreas, com o envolvimento das famílias dos estudantes; por intermédio de programas, projetos, palestras de conscientização; com melhorias estruturais da escola (administrativas, físicas e pedagógicas). Concluímos que a violência em diferentes proposições adentra o espaço escolar, transformando a sua dinâmica e os(as) professores(as) não se sentem preparados(as) para o seu enfrentamento, mas sugerem alternativas que podem ser alvo de reflexão para pensar a escola e seus sujeitos inseridos na complexidade que o fenômeno representa, de forma a descontinuar tais situações.