O presente trabalho trata-se de um relato de experiência de três alunos do curso de licenciatura em de Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará que vivenciaram a rotina de um aluno surdo e de uma professora de Biologia da sala regular de ensino e da professora da sala de recursos multifuncionais de uma Escola Estadual de Abaetetuba-PA. O trabalho é resultado de nossas pesquisas realizadas na disciplina de Vivência na Prática Educativa III com ênfase em Educação Especial e objetivou relatar de forma crítica-reflexiva a vivência no espaço escolar da rotina de um aluno surdo, bem como verificar as metodologias utilizadas pelas professoras. O trabalho aconteceu em 10 visitas semanais à escola com acompanhamento do aluno em sala de aula regular e na sala de recursos multifuncionais e no final a realização de entrevista semiestruturada com o aluno e com as professoras participantes. Constatamos que há uma falsa imagem de inclusão tanto por parte das professoras quanto do aluno, no entanto, a realidade é contraditória, outro ponto que também se pode constatar foi o fato da professora da sala de aula regular demonstrar uma falta de preparo para trabalhar com esse aluno surdo por conta da ausência de formação adequada para lidar com ele, o que gera uma sobrecarga para a professora da sala de recursos multifuncionais que tem que ensinar ao aluno o que ele deveria ter aprendido em sala de aula. Isso evidencia a necessidade de formação inicial e continuada para um trabalho efetivo como agente de inclusão.