Na conjuntura educacional contemporânea observam-se discussões relevantes no tocante às práticas educacionais que, para muitos pesquisadores, apontam para propostas que visem melhorias significativas na condução do processo ensino-aprendizagem. Considerando a educação brasileira fundamentada na execução dos quatro pilares de aprendizagens - o aprender a fazer, aprender a conhecer, aprender a conviver e o aprender a ser, parte-se do pressuposto que o “aprender a ser” e “aprender a conviver” podem ser mais bem executados nas instituições escolares mediante o uso de currículos que relacionem à maneira de ser e de agir do indivíduo no mundo. Essa pesquisa encontra-se apoiada nos preceitos defendidos por Gardner e as inteligências múltiplas - a inteligência linguística, lógico-matemática, espacial, cinestésica, musical, naturalista, interpessoal e intrapessoal, sendo as duas últimas, respectivamente, à capacidade do indivíduo de entender ao próximo e suas intenções, e a habilidade para entender os próprios sentimentos sendo capaz de se conhecer e atuar na solução de problemas. Observou-se que essas inteligências podem ser estimuladas mediante uma proposta curricular desenvolvida por psicólogos norte-americanos conhecida como currículo PATHS (Pensamento, Afetividade e Trabalho com Habilidades Sociais), que visa o desenvolvimento de habilidades emocionais e relacionais em crianças. Nesse contexto, o presente trabalho propõe uma reflexão acerca desse currículo como meio de intervenção para o desenvolvimento das inteligências inter e intrapessoal em crianças. Observou-se sua correlação com as inteligências supracitadas, as quais podem ser estimuladas a partir deste currículo cujas teorias encontram-se pautadas na educação emocional visando à busca de uma educação integral do ser em formação.