O presente artigo aborda uma experiência em psicologia educacional/ escolar realizada com educadores de escola pública de ensino fundamental I na cidade de Campina Grande – Paraíba. Trata-se de uma atividade e prática do componente curricular de Psicologia e Educação do curso de Psicologia na Universidade Estadual da Paraíba. Os encontros tiveram como objetivo discutir e vivenciar temas em Educação em Saúde Mental com os participantes, abrindo espaço de discussão sobre a prática da profissão e sobre suas vivências e condições de trabalho, buscando socializar experiências e refletir seu papel como professor. Foram realizados cinco encontros no espaço da escola, os quais abordaram os temas relacionados às problemáticas, desejos e experiências dos participantes, utilizando rodas de conversa e dinâmicas como potencializadores da discussão, criando um espaço privilegiado de escuta para esses profissionais. Foi possível notar ao final das intervenções que o quadro de excesso de tarefas burocráticas, falta de autonomia e infraestrutura do ambiente escolar, relações conflitantes com os familiares dos alunos, assim como com os próprios alunos e especialmente a baixa remuneração e reconhecimento da profissão são elementos que causam frustração e uma baixa autoestima e motivação com o trabalho educacional. Alguns entraves dificultaram o pleno alcance dos objetivos iniciais, entre esses se entende que a quantidade limitada de encontros e o curto espaço de tempo foram agravantes, mas ainda assim, possibilitou-se a reflexão sobre a prática diária, a empatia pela experiência do colega de profissão e instituição e a troca de ideias e experiências entre os participantes, além da descarga emocional de afetos oriundos do cotidiano escolar.