Este estudo tem como proposta, a implantação de ações de educação ambiental, que permitam o despertar de uma visão crítica, da reflexão da própria prática dos sujeitos, procurando ampliar a capacidade de ação consciente para com as questões ambientais. O trabalho teve como metodologia uma pesquisa de campo integrada, centrada em uma abordagem qualitativa, onde foi levado a efeito um diagnóstico sócio-educacional-ambiental, objetivando evidenciar as condições da população em estudo e dos problemas ambientais existentes nas comunidades pesquisadas. O estudo foi desenvolvido nas comunidades Coroatá, Mará, Itaúna de Baixo e Itaúna de Cima, que integram o Projeto de Assentamento Agroextrativista – PAE Ilha Itaúna, município de Cametá, Estado do Pará. Foram aplicados questionários semiestruturados e entrevistas em profundidade em representantes de 284 famílias, bem como levantamento de dados e informações no universo de 222 alunos matriculados em três escolas municipais de ensino fundamental instaladas nas comunidades em estudo. Através dos resultados observou-se a necessidade da formação do homem em sua dimensão ambiental cidadã, enquanto superação radical de uma educação ecológica conservadora ainda presente na estrutura social. Conclui-se que a ecologia cidadã deve fazer parte de um novo modelo de educação voltada as questões ambientais em seus variados aspectos, mas que atenção primordial deve ser dada aos primeiros anos de ensino formal. Assim, pensar em uma educação transformadora emancipatória é pensar em um ambiente humano igualitário.